Carta testamento nova

O monumento em memória ao presidente Getúlio Vargas, onde está fixada placa com a reprodução do texto da Carta Testamento, localizado na área central da capital gaúcha, foi reinaugurado ao meio dia desta quinta-feira (24/8), data em que se completam 63 anos do suicídio deste ícone do trabalhismo brasileiro. A placa original, em bronze foi furtada. Outra, de aço, já havia sido recolocada no lugar, porém com o tempo o texto acabou se apagando. Agora, uma nova placa de material sem valor comercial, porém mais resistente, passa a fazer parte do cenário da Praça da Alfândega.

A iniciativa do Diretório Metropolitano do PDT de Porto Alegre, presidido pelo vereador Mauro Zacher (PDT), contou com a presença do presidenciável do PDT, Ciro Gomes, e dos presidentes nacional e regional da legenda, Carlos Lupi e Pompeo de Mattos, além de prefeitos, vereadores, deputados estaduais e lideranças do partido na cidade e do interior do Estado. Antes do ato, foi realizada uma caminhada pela Rua da Praia, no trecho entre a Esquina Democrática e o monumento da Carta Testamento.

Em sua manifestação Zacher comparou a situação de Porto Alegre com a nacional. “Um governo deve ser ruim para os problemas e não para as pessoas”, afirmou ao relatar que a cidade está com os serviços básicos precarizados, falta de diálogo com a sociedade e os servidores públicos, com uma política de arrocho tributário, de sucateamento de empresas municipais para a sua privatização, além do corte de inúmeras garantias sociais, como é o caso da segunda passagem gratuita no transporte coletivo. “Não é diferente do que vem fazendo o governo Temer, que sem legitimidade, está elevando impostos, propondo a venda de estatais como a Eletrobrás, retirando direitos dos trabalhadores e tentando acabar com a aposentadoria dos brasileiros”, disse o vereador.

O pré-candidato ao governo do Estado Jairo Jorge também esteve presente ao ato e destacou a importância do legado de Vargas para a história do trabalhismo brasileiro. Disse que a mesma estratégia política de entreguismo do patrimônio estatal está permeada no governo gaúcho. “O PDT e o trabalhismo são a saída para tudo o que ai está”, conclamou aos presentes.

Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, disse que o PDT está caminhando pelos estados, com o objetivo de plantar sementes para a mudança que o Brasil tanto precisa. Lupi denunciou que ontem o governo Temer promoveu “mais uma ação entreguista”, extinguindo uma área de preservação ambiental no Amazonas, para permitir lá a exploração de ouro, manganês e outros minérios de alto valor”. Disse ainda que Ciro Gomes veio buscar no Rio Grande do Sul um pouco da energia dos gaúchos, da inspiração de Vargas para seguir cruzando o país, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, reunindo o partido, organizando os companheiros para o embate eleitoral de 2018.

Ciro Gomes afirmou que, independentemente de ser candidato, a sua missão é a de denunciar, em todos os cantos do país, “o mal que o governo Temer está fazendo para o povo brasileiro”. Por onde passamos mostramos a verdadeira face e os objetivos dessa gente que estão saqueando o Brasil e se locupletando às custas dos cidadãos e cidadãs. Ciro destacou a atualidade do que está posto na Carta Testamento. Da necessidade da preservação dos valores da nacionalização da produção, de mercado, e valorização da ética em defesa do bem coletivo e comum. Representando a bancada estadual gaúcha, manifestou-se o deputado Gerson Burman e o presidente regional do PDT, o deputado federal Pompeo de Mattos.

Ainda nesta quinta-feira à tarde, Ciro Gomes e os dirigentes nacionais do partido participam de atividade na Assembleia Gaúcha. A noite o ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda fala para estudantes da Universidade Vale do Rio dos Sinos, em São Leopoldo.