BRI homemagem2017

A homenagem feita pelo Diretório Metropolitano do PDT ao seu líder Leonel de Moura Brizola lotou o teatro Glênio Peres na noite de quarta-feira (21/6), data que marcou a passagem dos 13 anos do seu falecimento, ocorrido em 2004.

O público presente assistiu a exibição do filme Brizola Tempos de Luta, lançado em 2007 pelo diretor Tabajara Ruas e depois a um bate papo informal com o ex-deputado Vieira da Cunha; o irmão de Brizola, Jesus de Moura Estery e os historiadores Waleska Vasconcellos e Luis Carlos Vergara. A coordenação ficou a cargo do vereador Mauro Zacher, presidente do PDT Metropolitano.

Estiveram presentes ainda, o líder da bancada na Câmara Municipal, vereador Marcio Bins Ely, presidentes de zonais, dirigentes da Associação da Mulher Trabalhista, do Movimento Negro e da Juventude Socialista do PDT, além de simpatizantes das causas defendidas por Brizola em sua trajetória política iniciada no final da década de 1950 quando foi eleito deputado estadual pelo Rio Grande do Sul.

Viera relatou que foi a sua admiração por Brizola, quando ainda militava no movimento Estudantil Universitário, que o levou a ingressar no PDT. Lembrou de vários episódios, entre eles o de que estava em viagem à China, como presidente da Assembleia Legislativa, acompanhando a comitiva do então governador Germano Rigotto, quando recebeu a notícia da morte de Brizola.

Vergara destacou a imagem que guardava de Brizola desde o seu período de infância e aproveitou para reverenciar o papel das mulheres na luta pela redemocratização, citando companheiras como Kita Brizola, irmã do ex-governador, Neusa Brizola, irmã do ex-presidente João Goulart e esposa de Brizo, Maria Flor Vieira, Mila Cauduro, Lícia Peres e outras.

Waleska Vasconcellos relatou a oportunidade de, como educadora, poder resgatar para seus alunos a história da Legalidade, acontecimento de 1961 em que Brizola, após a renúncia do ex-presidente Jânio Quadros, se ergueu em defesa da posse do então vice presidente João Goulart.

Por fim, coube ao irmão de Brizola falar do lado familiar. Jesus Estery elogiou a postura ética e política daquele que praticamente o criou, pois com 15 anos deixou Carazinho, terra natal da família, para seguir os rumos do irmão mais velho que tinha vindo para a capital em busca de educação.

Jesus ainda contextualizou a situação atual do país, levantando o questionamento de como seria, caso Brizola tivesse alcançado seu maior sonho de ser eleito presidente do Brasil e implementado as bandeiras do trabalhismo, em especial a da educação pública de tempo integral, como fez com os cieps no governo do Rio de Janeiro na década de 1980.

No encerramento uma poesia feita pelo companheiro Rui Cabeleireiro foi lida e cópias entregues a todos os que participaram da atividade.