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Testes de vazão no Rio Uruguai, no trecho do Salto Yucumã, mostraram que a visibilidade da maior queda d’água longitudinal do mundo está sendo prejudicada com as operações da Usina da Foz do Chapecó. Para comprovar isso, nova avaliação será feita entre os dias 4 e 6 de agosto, conforme informação obtida pelo deputado estadual Eduardo Loureiro (PDT), que nesta terça-feira, dia 01, esteve na Agência Nacional das Águas (ANA), em Brasília, buscando agilizar o impasse que afeta o turismo na região.

Sem a possibilidade de visualizar o Salto do Yucumã no período diurno, em função da elevação no nível das águas por causa das operações na produção de energia pela usina, a procura por roteiros turísticos está sendo prejudicada, afetando os investimentos dos empreendedores que formam a Rota Yucumã, formada por 33 municípios das regiões Celeiro e Planalto Médio do Estado. O problema mobiliza lideranças destas comunidades e até uma audiência pública chegou a ser realizada na Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa, organizada pelo deputado Eduardo Loureiro, que resultou na ampliação do horário para entrar no Parque do Turvo, onde está localizado o salto. Com isso, os visitantes podem ficar mais tempo no local, possibilitando enxergar as quedas d’água no final da tarde, quando não ficam mais submersas.

Na Agência Nacional das Águas, o deputado reuniu-se com o superintendente de Operações, Joaquim Gondim, e com o assessor Fredejan Pedrosa Pereira. Com os novos testes, o processo para alterar os horários de produção de energia na Usina da Foz do Chapecó precisa ser agilizado, mas para tanto é necessário autorização no Operador Nacional do Sistema, o que vai exigir novas articulações políticas. “Estamos trabalhando para agilizar uma solução definitiva ou ao menos que permita a atividade turística no Salto do Yucumã aos finais de semana e feriados”, destaca Loureiro.